«[…]
Parece que todos nós, que participamos de uma maneira ou de
outra na coisa literária e exercemos no interior dela alguma função, por mais
modesta e ínfima que seja, somos compelidos a seguir em frente, a avançar sem
nos determos porque há uma força anónima e poderosa que pensa por nós. E, no
entanto, quando nos detemos, vemos que foi tudo pulverizado, que a autonomia já
só existe praticamente em curtas margens do sistema ou para aqueles que,
tendo-a conquistado noutro tempo, quando ela era ainda uma condição geral e
necessária, estão em condições de mantê-la.
[…]
aí temos, com carácter hegemónico, o maravilhoso mundo da world
fiction.»