Pelas 22:40 de ontem, domingo, vi e contei 24 pessoas - uma única mulher, ah benditas mulheres! - a perorar em directo, na televisão portuguesa, sobre a jornada futebolística do dia. Às 22:42, a todos os doutos preopinantes da bola* foi interrompido o pio para que os senhores telespectadores dos cinco canais em causa pudessem escutar, em directo do estádio António Coimbra da Mota no Estoril, um burgesso milionário chamado Jorge Jesus que iria proferir umas patacoadas cruciais para o destino da Humanidade.
______________________________
* Decepciona-me, em particular, ver nestes painéis de torrencial e redundante salivação o bom do João Gobern, ainda por cima já contagiado, decerto pelo seu amigo e parceiro Pedro Rolo Duarte, com o peçonhento tique «dito isto,» - «isto dito,», na variante sofisticada - que grassa entre a fauna psitacídea de bem-falantes da comunicação social, como se, antes de dito aquilo, não se pudesse avançar para o que vai ser dito a seguir sem ter deixado a populaça devidamente esclarecida acerca do ciclo das marés e da ameaça da peste. Tanta pesporrência à solta, céus!, incluindo a do presente post.
______________________________
* Decepciona-me, em particular, ver nestes painéis de torrencial e redundante salivação o bom do João Gobern, ainda por cima já contagiado, decerto pelo seu amigo e parceiro Pedro Rolo Duarte, com o peçonhento tique «dito isto,» - «isto dito,», na variante sofisticada - que grassa entre a fauna psitacídea de bem-falantes da comunicação social, como se, antes de dito aquilo, não se pudesse avançar para o que vai ser dito a seguir sem ter deixado a populaça devidamente esclarecida acerca do ciclo das marés e da ameaça da peste. Tanta pesporrência à solta, céus!, incluindo a do presente post.