Daniel Oliveira- Tem sido muito comentada a questão da linguagem na entrevista ao Expresso. Como é que tem acompanhado o que se tem dito?
José
Sócrates- Eu nunca utilizo aquelas expressões em público - nunca! -, como os
portugueses puderam ver ao longo de toda a minha vida pública. E lamento que a
decisão da entrevistadora [Clara Ferreira Alves] tenha sido a de utilizar essas expressões que eu
utilizei numa conversa que não era de pergunta/resposta; uma conversa que foi
gravada para que a jornalista pudesse utilizar num texto. Nunca me passou pela
cabeça que isso pudesse ser editado daquela forma. Mas essa foi a decisão da
jornalista, com a qual eu nada tenho a ver, e o que está dito está dito. E se
algumas pessoas não gostaram, eu repito: primeiro, acho que todos os ataques de
índole pessoal que me fizeram foram um contributo negativo para a nossa vida
política e acho que a direita política portuguesa* é responsável por uma decisão
que nada tem a ver com os interesses nacionais quando decidiram obrigar o país
a pedir ajuda.
Clara Ferreira Alves, Expresso/Revista, 19.Out.2013:
«[…] Nunca,
depois da entrevista dada, José Sócrates me pediu para alterar ou omitir frases
que tinha dito. […]»
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* Acolitada pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista Português, sôfregos por eleições e mais deputados à manjedoura; e o país que se fodesse. Como se vê.
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Em “Humano, demasiado humano”? Não vejo.
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