«[…]
Da época em que
a juventude teve uma grandiosa significação cultural e quis assumir a
responsabilidade do devir histórico, com o entusiasmo político de quem se
sentia um grupo messiânico, chamado a libertar a humanidade da opressão e da
injustiça, passámos para a época em que ser jovem significa ausência de
projecto, aceitação dos limites, repetição.
[…]
As famigeradas
praxes não são mais do que uma forma de querer recuperar, pelo lado grotesco e alarve,
uma coisa que já não existe nem tem condições para existir: a comunidade a que
a vida dos estudantes dava forma, dotada de um grande significado cultural e
intelectual. Elas exercem-se, portanto, no mais completo vazio, e por isso é
que são violentas e patéticas.
[…]»