quinta-feira, 8 de outubro de 2015

António Costa, cercado de medíocres

«[...]
A Costa saiu-lhe a fava. O político da mais meritória obra feita, Lisboa, cercou-se de medíocres antigos e novos, e a campanha foi muito má. E em Janeiro espera-o outra derrota. Ele vai ser obrigado, nos próximos meses, a fazer política, política e política. Ou redime-se (e pode) ou sai pela esquerda baixa.»

Sair pela esquerda baixa - é o que se figuraria mais asseado o doutor António Costa fazer.

Sim, cercado de medíocres, se ele mesmo o não é em parte. Pequeno significativo exemplo:
Na noite das eleições de 4 de Outubro, entre as 22:40 e as 23:00, quando o escrutínio oficial, a 98 % da contagem, galopava para a maior abstenção de sempre, como foi possível terem deixado o chefe asseverar «Permitam-me que comece por dirigir uma calorosa saudação a todas e a todos os portugueses* pela forma como participaram neste acto eleitoral que registou uma redução da abstenção, o que é um bom sinal para a vitalidade da nossa democracia.» e, mais adiante, respondendo ao jornalista António Esteves, da RTP, «Há uma coisa seguramente que resultou: houve felizmente menos abstencionistas.»? Como é possível tanta imprudência e desleixo?

De há um ano a esta parte, em que andou a fazer-se afanosamente a primeiro-ministro, António Costa provou à saciedade que não presta para a função.
Atrabiliário, descontrola-se muito, transpira, emaranha-se a todo o tempo na prosódia e na gramática. Não conheço, no seu plano, dirigente político que fale tão desastradamente. Um último brevíssimo exemplo, na abertura do lastimoso discurso de derrota no domingo passado:
Quero naturalmente felicitar os doutores Pedro Paulsos Coelho e Paulo Portas pelo resultado que alcançaram nestas eleições legislativas.
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* «todas e todos os portugueses». Se o ridículo matasse...