António Costa, minuto 11:25- Em cada encontro que tivemos [PS/coligação PSD/CDS] fomos sempre surpreendidos, foram sempre deixando caindo uma nova surpresa desagradável que se vai tornar pública um dia. […]
Pedro Pinto- Pode-nos dar um exemplo de uma surpresa com que foi confrontado?
AC- Não, acho que não devo.
PP- Mas os portugueses gostariam certamente de saber, até para ficarem com um juízo mais concreto dessas negociações.
AC- Infelizmente os portugueses hão-de saber, porque há um limite para a capacidade de o governo omitir e esconder dados sobre a situação efectiva e real em que nos encontramos. Não digo isto com satisfação, digo isto com muita preocupação.
Ai devia dar, devia, doutor António Costa. Senão, não levantasse a lebre.
Embora já me fosse minguando a galope, desde a inacreditável biliosa ameaça ao jornalista João Vieira Pereira, do Expresso, em 25.Abr.2015, — «Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS…» — a simpatia que antes nutria pelo doutor António Costa, perdi-lhe o resto de respeito e consideração quando, no Verão deste ano, se andou a mostrar por todo o país, no cartaz inchtucional da sua campanha — o da CONFIANÇA — manifestamente mais branco do que é. Com que necessidade e propósito, céus, se clareou a cara do candidato a governar Portugal!? Nunca isso nos será explicado, mas anda-me por aqui uma intuição.
Não bastando, temos de suportar em cada intervenção do doutor António Costa um lastimoso espectáculo de barbárie linguística, impelido pelo sempiterno vam-lá-ver, tique que lhe empesta o discurso já de si devastado por uma fagocitose silábica contumaz.
A conversa de 41 minutos com Pedro Pinto, entre as 20:42 as 21:33 de sexta-feira passada, na TVI — 1.ª parte / 2.ª parte — constitui nova demonstração magistral, a preservar pelos masoquistas da sintaxe deficiente e da ortoépia despedaçada*, do esplendor retórico deste hoje putativo próximo primeiro-ministro de Portugal.
Insisto: quando o vam-lá-ver doutor Costa fala em público é de toda a profiláctica prudência [que enxundioso me estás a sair, Plúvio] que se afastem os humanos em idade escolar; ou então desligue-se-lhe o som. O risco de infectocontágio não é despiciendo.
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Falou e disse.
Viva a flor do Lácio!
Viva a flor do Lácio!