Com particular intensidade e porfiada perseverança de meados de 2007 aos idos de Março de 2011, em que o PCP e o BE ajudaram o PSD e o CDS a estender a passadeira do poder ao doutor Pedro Passos Coelho - sendo que desde então, valha-nos isso, a vida dos portugueses não tem parado de melhorar -, Mário Crespo abriu quase todas as edições do seu "Jornal das 9" com um apontamento hostil ao governo do PS, malhando de modo impiedoso e militante, a propósito e a despropósito, no engenheiro Sócrates. *
Mário Crespo- Um ano a incidir sobre a mesma pessoa com episódios variados…
José Luís Arnaut- … é um massacre!
MC- … é uma campanha, não é possível não ser.
JLA- Ó Mário, é um massacre, um massacre! […] O Mário fez bem em frisar: há um ano que Miguel Relvas é diariamente massacrado, diariamente massacrado, isto já é um massacre!
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* Por exemplo, no "Jornal das 9" de 13 de Janeiro de 2010, quando a atenção do Universo sensível estava siderada e centrada no sismo devastador ocorrido 23 horas antes no Haiti, o Mário Crespo só começou a falar do Haiti depois de despachar a ferroada no Sócrates. É certo que havia uma atenuante: o Haiti estava em escombros mas o doutor Fernando Nobre, médico da humanidade e amigalhaço do Crespo, ainda não tinha chegado lá...