sábado, 3 de junho de 2017

Alberto Gonçalves, mal, muito mal,

e talvez pior o Observador ao puxar para lide da crónica um excerto recolhido neste parágrafo, negritos meus: 
«[...]
A quarta diferença é o comentário sobre Pedro Passos Coelho. Dada a doença da mulher deste, o estadista sisudo de um país convencional evitaria alusões desagradáveis. O dr. Costa, rosto da felicidade que nos caiu em cima, não evitou – ou por distracção, o que atesta o seu discernimento, ou de propósito, o que demonstra o seu repugn…, perdão, impecável carácter. A alegria não quer saber de maleitas.
[...]»

Repórter da SIC- Senhor Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho dizia ontem que o governo se estava a aproveitar das obras do anterior governo para...
António Costa- É um homem menos alegre. Adeus.

A interpretação do comentário de António Costa extrapolada para a doença de Laura Ferreira soa-me a delírio oportunista e, indo até ao fim do adjectivo inacabado de Alberto Gonçalves, repugnante.
Não, não é este Alberto Gonçalves que aprecio. De todo!

Já agora, parece-me, a mim que levo 35 anos de assembleias de condóminos, leviana, redutora e infeliz, se não gratuita, a jocosa "Nota de rodapé" do colunista acerca da governação democrática da "casa comum" dos milhões de portugueses que, citando-o e ao contrário dele, «por isto ou por aquilo» habitam em apartamentos contíguos sob o mesmo telhado. O envolvimento activo e cúmplice na harmonia e na saúde do condomínio sempre me pareceu coisa necessária, importante e digna, um indicador de civilização. Mas, claro, e finalizando desta vez com palavras sábias do doutor António Vitorino, «não é um processo fácil nem isento de dificuldades.»  
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* Obviamente na parte inteligível do "catrapilo" prosódico que António Costa costuma ser.