sexta-feira, 2 de junho de 2017

O papel triste do Diário de Notícias em papel

A notícia da morte de Armando Silva Carvalho começou a circular pelas 11h00 de ontem, 01.Jun.2017.
Nos jornais em papel de hoje:
i - "O homem que sabia a mar", por José Manuel de Vasconcelos [2 páginas inteiras com chamada na capa]
Público - "Um poeta ácido, lúcido, erótico, político", por Luís Miguel Queirós [página inteira]
Jornal de Notícias - "1938-2017, Armando Silva Carvalho", obituário [1/3 de página]

No Diário de Notícias nem uma palavra sobre Armando Silva Carvalho.
Conheço bem o DN, de que sou leitor indefectível desde 1970 e ultimamente assinante. Estava crente em que depois da direcção medíocre de Fernando Lima [Out.2003-Nov.2004] fosse impossível pior. Enganei-me. Aí está, com Paulo Baldaia ao leme, a direcção porventura mais rasca desde 29 de Dezembro de 1864.
Um desconsolo, este DN definhante de Proença de Carvalho, Luís Montez, genro de Cavaco Silva, Pedro Marques Lopes, "o comunitário" — não sei de colunista tão penosamente apedeuta de pena e de língua na comunicação social portuguesa —, Dias Loureiro e José Sócrates de cujo* "O dom profano" vem, por coincidência na mesma edição em que não houve lugar para a morte de um poeta, promoção da Porto Editora oferecendo um exemplar «a cada 8 chamadas» para o 760 ... ... O vexame a que um tenaz divulgador de filósofos se sujeita.
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* Deus me perdoe a ousadia deste determinante relativo.