«A música elaboradíssima, que buscou nas raízes do erudito e do popular, causou uma inflexão profunda no status quo do musical americano. Leonard Bernstein, assinando o mais brilhante score do musical moderno (só "My Fair Lady" o ladeia), foi o desencadeor-mor duma invulgar conjugação de talentos. Laurents e depois Wise, na busca do novo padrão Romeu e Julieta, e em que etnias se situa, Jerome Robbins, coreógrafo maior dos gestos activos do quotidiano, e Sondheim, em princípio de brilhantes autorias, que aqui aceitou ser apenas o letrista - só porque era com Bernstein. É Sondheim quem dá o tom da gíria de rua, do ano de 57, e por espanto não muito datada.
[...]
"Boy, boy, crazy boy, get cool, boy!". A música tensa, os gestos da dança, todos de contenção e súbitas explosões, são a mola anunciadora do que irá, fatalmente, acontecer.»
Sérgio Godinho, "Cool (de "West Side Story") - Bernstein e Sondheim" | Expresso/Atual, 20.Ago.2011
Que partitura, senhores!
Que partitura, senhores!