Nutro pela generalidade dos animais, do percevejo ao diabo da Tasmânia mas não passando pelo António Capucho nem pela Ilda Figueiredo, muito menos pelo Eduardo Sá ou pelo Pedro Granger, igual respeito e fascínio de proporção bíblica, acompanhando em doses homeopáticas ignorância, incerteza, perplexidade e deslumbramento. Diria até que me sinto um empenhado amigo dos animais, pese matar uns e comer outros.
Há, todavia, uma espécie com que preconceituosamente engalinho, isso, e nunca saberei explicar porquê: a do amigo dos animais, designadamente gatos e cães — subsumem 95% da espécie —, que não me causa tanto fascínio nem respeito semelhante. Não conheço nenhum que não use insecticida.