Não tenho Facebook. Hoje, não ter Facebook - tê-lo é viver nele - faz tender qualquer pessoa de bem para uma acelerada e desprezível não-existência. Ainda assim,
o senhor Elias, a quem compro azeitona da boa, pão de Mafra, uvas, peras, melões, bananas, kiwis, maçãs bravo de Esmolfe, melancias, cenouras, batatas, tomates, pepinos, alfaces, grelos, chouriço alentejano, queijo fresco e água de Monchique - coentros e salsa ele dá-me; pena raramente ter hortelã -, também não tem Facebook; já o avô dele, indiano, não tinha. Aliás, o meu pai, que assobiava muito bem, também não tinha.