terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Figueira, assalariado do Relvas

António Figueira, por outrem em 22.Ago.2011:
«Vamos tentar situar as coisas.
Factos:
1 - O António Figueira foi diplomata até 2005. Entrou no MNE no mesmo concurso que o actual Chefe de Gabinete do Ministro Relvas, o Vitor Sereno.
2 - Até há muito pouco tempo, o António Figueira era um alto quadro da Cunha Vaz e Associados. "Era" porque o nome dele já não consta do respectivo site. Mas não sei se deixou de ser...
3- A Cunha Vaz fez a campanha política do PSD nas últimas legislativas.
4 - O Relvas é o Ministro da Propaganda
Estes são factos. As interpretações...
PS: O tal Vitor Sereno merece um tratado, não um post. Conhecido no MNE por "Don Vito", pela sua brilhante (e recente) passagem pelo cargo de Chefe de Gabinete do Secretário-Geral do MNE (antes fora Chefe de Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades António Braga, no Governo Sócrates, mesmo tendo sido militante da JSD... um homem para todas as estações, este Sereno), antecedendo a sua passagem para o Gabinete Relvas, levou consigo para o referido local um outro diplomata (Gonçalo Silvestre) e uma jurista do MNE (Silvia Gonçalves).
Ao que consta, levou também a legítima esposa para o Gabinete do Secretário de Estado do Desporto. Como se vê, a alcunha "Don Vito" fica-lhe a matar...»
Para que se veja.

António Figueira, por
António Figueira em 22.Ago.2011:
«Pedro, o meu percurso profissional foi feito por concurso: para os serviços de imprensa da Comissão Europeia, onde trabalhei dez anos, em 1986, e para a carreira diplomática, onde estive sete anos, em 1998. Pelo meio fiz uma pós-graduação, um mestrado e um doutoramento; estudei, ensinei e publiquei. Estive no privado entretanto e fui convidado agora para um lugar que se preenche por convite e não por concurso, com base na apreciação do meu currículo e não por favor político, que não possuo; vou servir a função pública e perco dinheiro em relação ao meu emprego anterior*; deveria recusar em nome de quê?**»

* Esta pede exegese palavra a palavra; e talvez uma conclusãozita mesmo que circunstancial.
** Em nome do dinheiro que vai perder, por exemplo.
Chorai arcadas do violoncelo…

António Figueira, por
Ferreira Fernandes em 23.Ago.2011:
«Ontem, soube-se que António Figueira, do blogue 5 Dias, foi contratado para o gabinete do ministro Miguel Relvas. Há nesta história um tipo certo (Relvas, que escolheu alguém culto e que escreve muito bem* ) e um tipo errado (PP - Pacheco Pereira -, que se enganou de revolucionário). É só.»

* O Ferreira Fernandes, que escreve muito bem, escusava de exagerar. Duas amostras ao acaso:

«Querido Carlos, no 5 dias, tratam-se apenas dos prolegómenos da revolução; a propriamente dita faz-se noutro lado.» - António Figueira, 28.Dez.2009

«os agentes da PSP da esquadra da Mercês, não só se solidarizam com dois torcionários, como fazem um uso claramente ilegítimo e ilegal da baixa médica; em qualquer caso, situam-se fora da legalidade democrática que são supostos defender» - António Figueira, 15.Jul.2011

Tratam-se de prolegómenos? Legalidade que são supostos defender?
Por que merda de gramática aprendeu o Figueira?

Enfim, nada de novo, la vie est là, simple et tranquille