Quando, ontem à tarde, na fila longa e exasperante para a caixa do supermercado, a menina interpôs, finalmente e para meu alívio, a barra de plástico entre o nestum de mel do rapaz à minha frente e os meus guardanapos, as garrafas de vinho tinto, os bifes da vazia, o descafeinado, as delícias do mar e os fósforos, lembrei-me de Brel, irrompeu-me um trauteio jubiloso na lembrança, e voltei a achar, para lá de que a vida é um absurdo, que Deus é injusto a valer. Se não fosse, Jacques Brel estaria vivo.
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