quinta-feira, 24 de julho de 2014

Em família,

estive a ver ao serão o "Frente-a-Frente" em que Catarina Martins, com a acutilância que lhe é peculiar, enervou mais do que nunca, sabe-se lá porquê, o habitualmente plácido Diogo Feio, a propósito da constituição, hoje, de Ricardo Salgado como arguido no caso "Monte Branco".
Catarina Martins [BE]- Há portanto um buraco que tem de ser pago e veremos quem o paga. É bom que seja a família que o criou. […] Aliás, o CDS não tem dito nada sobre isto, o que também registamos.
Diogo Feio [CDS/PP]- Não esperem de mim que num debate político como este, por muito atractivo que isso pudesse ser, faça aqui julgamentos e linchamentos públicos em relação a pessoas. Esse género eu deixo para outros.

Por mim, que não sou de intrigas nem mal-intencionado, jamais arriscaria a possibilidade de o nome de Teresa Caeiro, madrasta da nora Rita de Ricardo Salgado, ter pairado no misterioso "inuendo" do debate. De resto, escutando e lendo regularmente o que Miguel Sousa Tavares diz e escreve sobre o assunto, sinto-me cabal, profunda e pormenorizadamente elucidado, actualizado e tranquilo, acerca do BES, sem necessidade de mais informação.

Pelas 21:55, quem sabe se para aliviar a fervura, Ana Lourenço proferiu a frase do dia: Fazemos agora uma pausa para intervalo.

Quanto ao Ricardo principal da ricardíssima família,
Eu tenho a minha consciência completamente tranquila.
Finalmente, que preciso de arejar, sobre a "tranquilidade da consciência" remeto para o que o excelente Jorge Calado escreveu em 17.Ago.2013 a propósito de políticos. Tratando-se de banqueiros, acho que o «completamente» não só nos deve deixar em sobressalto como julgo prudente chamar a polícia.