ÚLTIMA HORA
A líder parlamentar do PAN diz «consígamos».
«Muito bom dia a todos e a todas **. Nós tivemos hoje oportunidade de ouvir os especialistas no rescaldo daquele que foi um período de levantamento, também, de algumas medidas de confinamento ainda que com diferentes graus de restrição. Os dados são bastante claros e a nós parece-nos que estamos perante aquilo que é um tsunami sanitário»
«E não se torna perceptível as medidas que têm continuado a ser tomadas, até que possamos ter um plano de vacinação plenamente aplicado ao nosso país a par das medidas evidentemente sanitárias que têm continuado a persistir e que consígamos debelar esta crise. Agora efectivamente estamos a atravessar um momento complexo. O PAN não deixará por isso de acompanhar aquela que é a renovação do estado de emergência por esta razão, mas exige-nos a todos enquanto eleitas e eleitos **, e também aos nossos governantes **, respostas mais cabais à crise sócio-económica para garantir que ninguém fica de facto para trás»
Lisboa, Infarmed, 12.Jan.2021
Tal chefe, tal escudeira, o psitacismo gárrulo do costume. Mas o que deveria preocupar a nação é que uma licenciada em Direito, mestrada e pós-graduada, com toda esta afirmação institucional, não consiga conjugar o verbo conseguir. Nem o correcto «possamos» a redimirá da indigência gramatical.
Restava que Luís Oriola, mártir português da era covídea, fosse a tempo de retirar o acento do 'i' para poupar a parte menos barulhenta da audiência a tão tosco solecismo. Não percebi se o fez, mas duvido de que tenha conseguido, dada a velocidade vertiginosa a que a deputada Sousa Real metralha.
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* Não sei porquê, sempre senti qualquer coisa de terrorista no discurso do PAN.
** Se o ridículo matasse...
Ai Inês, ai Paula Inês, que nem o código de linguagem da seita sabes praticar com um mínimo de coerência! Então não deveria ser a todas e a todos enquanto eleitas e eleitos, e também às nossas governantas e aos nossos governantes? Ai isso é que deveria.