«Sempre que houve pessoas, organizações, instituições ou grupos de pessoas que se atreveram a lançar críticas ou dúvidas – legítimos, naturalmente -, foram muitas vezes arrogantemente considerados ultrapassados, reaccionários ou incapazes de olhar o futuro.
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O Acordo Ortográfico é de facto um produto de uma “coligação” entre os interesses do Brasil – é discutível – e um pequeno grupo de intelectuais, certamente com a melhor das intenções – intelectuais portugueses e brasileiros –, que produziram um resultado final em que, por exemplo, as palavras modificadas na ortografia portuguesa são mais do triplo das palavras modificadas na ortografia brasileira.
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Não estamos resignados a viver com a Troika financeira, a China accionista, a Angola económica e o Brasil egoístico.
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Eu acho que ainda estamos a tempo de impedir este empobrecimento da nossa língua.»