«Com o Acordo Ortográfico (AO), Portugal, acometido de um juridicizante voluntarismo excessivo, tristemente capitulou perante um patente abastardamento da língua portuguesa, coonestando, à guisa de autoflagelação, uma arremetida contra importante vertente do seu riquíssimo - velho, de quase nove séculos - património histórico e cultural.
Surpreendentemente, contudo, não é apenas a dimensão imaterial das coisas que está em jogo: também do ponto de vista jurídico, a enrolada "entrada em vigor" do AO deixa a descoberto um perturbante descaso.
[...]
em vigor, mas como?»
- José de Faria Costa e Francisco Ferreira de Almeida, professores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, "O chamado 'novo acordo ortográfico': um descaso político e jurídico" | DN, 13.Fev.2012