segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Acordo Ortográfico [47]

No Público de ontem.
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«No passado dia 3, este jornal surpreendeu os seus leitores com a manchete "Vasco Graça Moura dá ordem a serviços do CCB para não aplicarem Acordo Ortográfico". O destaque dado à notícia, que reavivou de imediato a polémica em torno das novas normas ortográficas, foi objecto de um protesto do leitor Sebastião Lima Rego, desaprovando a sua escolha para título principal do PÚBLICO nessa sexta-feira. Na sua opinião, […]»
A querela ortográfica em manchete” - José Queirós, provedor do leitor
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«O recente episódio da proibição de seguir a nova norma ortográfica por parte do novo diretor do CCB, Vasco Graça Moura, veio relançar, e incendiar, o debate sobre o Acordo Ortográfico (AO). Debate esse, em boa verdade, escasso, dado que, com honrosas exceções, apenas ouvimos as vozes dos detratores. […]»
Acordo Ortográfico: prós e contras* - Helena Topa, professora de Português, tradutora e revisora de texto
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«O título deste texto são as coordenadas do quartel-general da resistência ao Acordo Ortográfico de 1990 (AO/90). Muitas pessoas já por lá passaram e assinaram a petição em curso, contribuindo para engrossar as fileiras da resistência activa contra a prepotência e o disparate que é a implementação do AO/90.
[…]
Mas faltam ainda muitas assinaturas, por isso este apelo que hoje faço a toda a gente que acha que tirar o acento ao cágado ** é humilhante para a criatura […]»
ilcao.cedilha. net” - Manuel Luís de Bragança
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** Verdade que se previu a supressão do acento gráfico nas esdrúxulas no Protocolo do Encontro de Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa, rubricado em 12 de Maio de 1986 no Rio de Janeiro, mas a controvérsia e a discussão subsequentes acerca dessa e de outras alterações foi, na altura, suficientemente dissuasora para que o AO de 1990, sobre o qual agora se brande,  tenha deixado cair tal temerario atrevimento.
Assim, uma de duas: o Manuel Luís de Bragança esgrime contra o que não conhece ou, conhecendo, bem que podia poupar os leitores do Público à patranha desonesta, atirando lama à ventoinha. Em qualquer caso, o cagado não ajudará muito ao asseio desta “Iniciativa Legislativa de Cidadãos” e, fosse vivo o seu admirável pai, talvez não se livrasse de merecido puxão de orelhas. E quem diz pai diz mãe.
No resto, que é quase tudo, é capaz de ter razão.