No dia em que faz 155 anos que nasceu Heinrich Rudolf Hertz (22.Fev.1857 — 01.Jan.1894), efeméride a que o Google dedicou um doodle, o Diário de Notícias, de Lisboa, não dedica uma palavra a Hertz mas não se esqueceu de que também faz hoje anos que o cadáver de Edison Tsung Chi Hsueh foi encontrado, em 1999, no fundo de uma piscina.
Acho que entendo o critério editorial: assim como assim, não haverá humano que não se lembre todos os dias do pai da rádio. Para quê vir o jornal recordá-lo? Já quanto à outra efeméride, haverá sempre alguns portugueses mais desmemoriados a quem se esfumou da lembrança o nome do infausto Hsueh, não obstante só terem passado 13 anos.
Por fim, seria no mínimo insultuoso admitir que a algum leitor do DN possa escapar o conhecimento de que "trote" é "praxe" na outra margem do Atlântico.
Para estas e para outras é que o João Marcelino dirige superiormente um dos mais antigos e prestigiados títulos de referência da imprensa lusitana.