«Duas guerras mundiais, na mesma geração, deram a vítimas e sobreviventes a convicção de que a solidariedade atlântica era também um fortalecimento do conceito de ocidente [...]»
Não fosse a ‘convicção’, estaria capaz de entender ‘mortos’ no lugar de ‘vítimas’ – “mortos e sobreviventes”. Como convencer um morto seja do que for não se vislumbra cometimento fácil, fica o enigma sobre a espécie de vítimas a que se refere o professor. Aos feridos? Nesse caso, ‘sobrevivente’ é, para o professor, apenas quem atravessou a guerra sem uma beliscadura. Encurtando razões, acho que o professor se excedeu na saliva; «deram aos sobreviventes a convicção» chegava. Mas o Adriano Moreira é sempre assim; gosta de escrever extenso, longo, prolixo e perifrástico.
O que me contive, céus, para não escrever a palavra supérstite.