sábado, 17 de setembro de 2011

O dia em que o doutor Luís Filipe Menezes desperdiçou uma bela oportunidade de

ser um herói para muita opinião publicada.

Ricardo Alexandre [Antena 1]-
«polémica entre Paulo Portas e Alberto João Jardim por causa das contas da Madeira. O presidente do PSD Madeira chegou mesmo a dizer que não sabia quem era Portas … A eleições regionais estão marcadas para Outubro. Acha que esta situação pode prejudicar as relações na coligação governamental ou as águas Continente/Madeira estão bem separadas?»
Luís Filipe Menezes- «Há sempre um coro nacional, continental, que repete o mesmo todos os anos: Alberto João o populista, Alberto João o infrequentável, Alberto João o líder de uma democracia de fachada. Agora, por razões de conjuntura, Alberto João o despesista, e depois o salto dá-se imediatamente para a ideia de ilegitimidade democrática do exercício do poder do doutor Alberto João Jardim e há quem afirme mesmo: Bom, já que o povo é estúpido e vota nele, então pois ele é que devia ser suficientemente exigente e ir-se embora. Ora eu penso que não devemos ir por este caminho e eu não vou. Embora, sei que até como dirigente do PSD se viesse atacar o doutor Alberto João Jardim passaria a ser um herói para muita opinião publicada. Contudo, eu penso que temos que ser justos e colocar o problema exactamente no ponto em que ele deve ser colocado. Este homem ganhou dezenas de eleições com o voto popular, secreto, universal, nos últimos 33 anos. Este homem trouxe a Madeira da Idade Média para o século XXI.»
RA- «Mas também é verdade que já disse várias vezes que estava pronto para ir-se embora e acabou por não ir.»
LFM- «É verdade que sim, mas tem todo o direito de se sujeitar a eleições. Para além disso, eu penso que há outras questões que é importante relevar neste contexto. Este homem construiu um estado social absolutamente quase exageradamente ligado aos padrões da Escandinávia dos anos 60. Este homem contrariou aqueles lóbis que hoje muitos deles votam CDS na Madeira que mandaram na Madeira duzentos anos. E há uma questão e essa talvez a mais marcante. Quando se fala tanto de seriedade na política, este homem tem o mesmo carro, tem a mesma casa, tem o mesmo comportamento modesto. Passa férias em Porto Santo desde que é político no activo. Ora como sabe não é este o comportamento da maioria dos políticos em Portugal. É evidente que também não posso aceitar a ideia da democracia controlada na Madeira.
[...]»
RA- «Fica então o registo … O elogio de Luís Filipe Menezes a Alberto João Jardim, esta manhã no "Conselho Superior".»

Eu penso que temos que ser justos e colocar o problema exactamente no ponto em que ele deve ser colocado.
E eu penso que temos a pessoa certa para levar charutos ao doutor Alberto João Jardim. À cadeia.