Rogério Casanova, sempre esplêndido, desta vez numa digressão pela figura de DFW, a propósito de “The Pale King”, sua obra póstuma:
«Foster Wallace também sabia que mais de um século passou, e que certas transacções clássicas entre livro e leitor – ou certas experiências estéticas no geral – já não podem ocorrer nos mesmos termos, sem uma medida significativa de desonestidade, ignorância ou manipulação. Esta é uma atitude perante as convenções literárias que se resume a acreditar que não podemos fingir que não sabemos tudo aquilo que sabemos, que há uma fronteira muito ténue entre adoptar uma convenção como mero expediente e adoptar uma pose por mera indolência.»